segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Schmitt Sparkling Ale: uma centelha vinda do sul (0002)

Boa Noite,


O "estilo" de cerveja "Sparkling Ale" é uma criação da Coopers, cervejaria artesanal australiana. Não é considerado propriamente um estilo, nem pelo Beers Advocate nem pelo BJCP. Trata-se de uma Pale Ale mais carbonatada (característica visível pelas "bolhinhas" de CO² que se despreendem do liqüido). Daí o termo "Sparkling Ale", ou em tradução livre, "Ale Faiscante".

Depois desta criação australiana, surgiram apenas mais algumas "Sparkling Ales" ao redor do mundo. Dentre elas a excelente Schmitt Sparkling Ale, da gaúcha Schmitt Bier.

Justamente por ser um "estilo" de cerveja bem pouco difundido, e por alguns acharem que os "pupilos" tenham sobrepujado os "mestres" (há quem diga que a Schmitt Sparkling Ale é, hoje, melhor que a Coopers Sparkling Ale), esta foi a escolhida para ser uma das 1000 cervejas que tu TEM que beber antes de morrer. Como adicional, ela é envasada em garrafas de champagne de 750ml, dando à ela uma atmosfera extra, de classe.

Além disso, a história do surgimento da própria cerveja, nas dependências da Schmitt Bier é curiosa:

"A história desta cerveja é bem peculiar. O "estilo" Sparkling Ale foi criado pela Coopers, da Austrália, e até segunda ordem, é apenas uma Pale Ale bem mais carbonatada, o que confere à cerveja uma refrescância e drinkability grande, sem perder a complexidade de uma Ale. A Schmit Bier, no entanto, chegou à receita quase que de forma acidental. Eles estavam testando um sistema de arrolhamento de cortiça para uma cerveja deles, e por isso usaram receitas da Ale extra-carbonatadas afim de conseguiram grande pressão na garrafa. Depois, acabaram optando pelo arrolhamento metálico. Mas então descobriram que tinham uma BOA cerveja em mãos. ¹". Postado em http://blogdofinken.blogspot.com/2009/04/schmitt-sparkling-ale.html

Trata-se de uma cerveja com ótimo corpo, cor alaranjada, e aromas pronunciados de cítricos, alguns aromas glorais, e bastante malte. O sabor remete igualmente à cítricos e florais, mas desta vez destaca-se o lúpulo e um amargor bem equilibrado. O retrogosto é persistente e amargo.



Temos nas mãos uma ÓTIMA cerveja, recomendada e MUITO pelo blogueiro.


Um Forte Abraço,
André R. Finken Heinle

sábado, 24 de outubro de 2009

Hoegaarden: um clássico (0001)

Boa Tarde,





Para iniciar os trabalhos, porque não apelar para um clássico? A Hoegaarden é uma Witbier, uma cerveja de trigo pálida, tipicamente belga, produzida na cidade homônima.

Fácil de encontrar, ela é importada pela AmBev, subsidiária da AB InBev, a maior cervejaria do mundo. Foi comprada no Bourbon Novo Hamburgo, e degustada assistindo à um sonolento Argentina 2x1 Peru.

Diferentemente das cervejas alemãs, a Hoegaarden - e de um modo geral, as belgas - usam na formulação matérias primas como coentro e cascas de laranja. Isso dá a esta cerveja um caráter bem leve, frutado e levemente cítrico.

Servida no copo, ela é aparência de limpa à turva, cor amarelo pálido, com leve, porém perene, formação de espuma.




De cara podemos perceber porque esta cerveja é a Witbier entre as Witbiers... Ela trás ao olfato todas as mais importantes características do estilo: aroma frutado e cítrico.

No sabor é leve e refrescante, mas sem perder a personalidade. Amargor leve, forte presença do malte de trigo, sem ser adocicada. Com 4,9% ABV, e apresentada em garrafa de 330ml, é uma cerveja que não enjoa, fácil de beber, não empapuça.

Recomendo fortemente por ser uma clássica representante do estilo, e de uma escola cervejeira que pouco conhecemos aqui no Brasil.

sábado, 3 de outubro de 2009

1000 Cervejas: um projeto, um início

Bom Dia,


O Blog 1000 Cervejas nasceu como uma idéia, inspirada no princípio de mostrar à todos coisas que não se vêem na esquina.

Aqui, na Terra Brasilis, cerveja só é cerveja se for pálida, barata, quase se gosto e quase sem aroma. Tem que ser "Pilsen". Há um certo tempo, eu descobri um mundo fora disso.

E agora resolvi compartilhar com todos os amigos esta idéia. Sejam todos bem vindos, e vamos aos trabalhos.


Abraços,
André R. Finken Heinle